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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, A AÇÃO PENAL 470 E AS CONTAS DO EX-PREFEITO AZEVEDO

É sabido por todos (acredito) que como seres políticos, temos nossas ideologias, nossas crenças, dogmas, simpatias, e por que não dizer... Conceitos e razões definidas para qualquer assunto relacionado ao nosso cotidiano.
É ensinado nos bancos acadêmicos do curso de Direito que o Juiz, o julgador deve ser imparcial, não neutro, mas imparcial, para que haja justiça.
Então, eu aqui nos meus devaneios pergunto – Um magistrado oriundo de classe com alto poder aquisitivo – Exemplo: Pai, grande latifundiário; Mãe, empresária, ele agora Juiz e com uma causa a qual deve decidir sobre desapropriação de terras, ou seja, a esquecida Reforma Agrária, mesmo que os fatos narrados no processo sejam incontroversos vocês acham que ele não tenha dentro de si um conceito predefinido? Não generalizando, pois o que crio aqui são conjecturas.
Vamos modificar. Um Magistrado, filho de Mãe pobre, cozinheira, sem pai declarado, irá julgar causa de paternidade e pensão alimentícia onde figuram um grande artista, rico, e uma senhorita, desprovida de conhecimentos e maturidade. Vocês acham o que?
Isso deixa claro que mesmo agindo sem dolo, o Juiz, como todo ser humano carrega experiência de vida, ideologias, crenças e conceitos sobre determinados assuntos os quais podem interferir nas suas decisões técnicas.
Assim também é no caso dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, onde são indicados por chefes do Executivo, Presidentes, com os quais possuem ligações de amizade, afinidade ou partidária.
As defesas de alguns e as acusações de outros, sempre serão carregadas num contexto onde não se pode acreditar ou descartar o que se foi dito, mas filtrar e entender que quando se julga um político o que deve ser criticado e rechaçado é se houve enriquecimento ou tráfico de influência, vantagens indevidas a terceiros (pessoas, grupos políticos ou partidos).
Quando o Ministro disse “julgo conforme minha consciência e não por pressão do povo”, demonstrou sua independência (que concordo, estamos num regime Democrático e assim deve ser), mas acima de tudo que sua linha ideológica e quiçá – Partidária não mudaria perante o caso exposto.
Não se espantem se o resultado for contrário ao esperado pela opinião pública e por grande parte da imprensa nacional. O julgamento não técnico somente é político também.
Assim acontece nas Câmaras de Vereadores quando Tribunais de Contas rejeitam contratações e gastos realizados por gestores públicos.
Entram em cena as coalizações, o clientelismo, ideologia partidária e política para atuar e interferir nos votos dos vereadores. O que nós votantes temos que perceber é que a fiscalização e pressão sobre aqueles que têm o DEVER de cuidar da res publica e das Leis, deve ser contínua, incessante.
E viva a Democracia, mesmo claudicante, ainda sim vivemos numa.




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