Três militares convocados
pela Polícia Federal para depor hoje (14) em uma audiência pública da Comissão
Estadual da Verdade do Rio em conjunto com a Comissão Nacional da Verdade (CNV)
na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) não compareceram.
Eles alegam já ter prestado
esclarecimento à comissão e já responderem judicialmente pelo sequestro,
tortura e morte do líder comunista Mário Alves, em 1970.
As comissões reiteraram o
pedido sob pena de condução coercitiva ao depoimento. De acordo com o
advogado Rodrigo Rocca, que representou os ex-tenentes do Exército Luiz Mário
Correia Lima, Roberto Duque Estrada e Dulene Garcez, a ausência não se dá por
“desprestígio ou descaso, mas por já terem deposto pelo mesmo fato”. “Eles se
reservam a nada mais declarar além do que já disseram”, disse Rocca. O
presidente da Comissão Estadual da Verdade e da Ordem dos Advogados do Brasil
no Rio de Janeiro, Wadih Damous, despachou em conjunto com a coordenadora da
CNV, Rosa Cardoso, uma reiteração da convocação. “Entendemos que estão
obrigados a vir, ainda que fiquem em silêncio”, enfatizou. “Não aceitamos as
ponderações. Eles serão conduzidos coercitivamente a se apresentar e estão
passíveis de ação penal por parte do Ministério Público” completou.
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