A Justiça acreana decidiu manter a liminar que
suspende as atividades da Telexfree.
O agravo de instrumento foi julgado nesta segunda-feira (12) pela 2ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
Durante o julgamento, o procurador de justiça
William Silva pediu abstenção alegando ter 'interesses', já que membros de sua
família investiram na empresa. Em seu lugar, o procurador Álvaro Pereira deu o
parecer do Ministério Público.
Relator do processo, o desembargador Samoel
Evangelista disse ter constatado que o esquema possui vida curta e que a venda
de Voip não é a principal perspectiva de ganho de quem ingressa na empresa, mas
angariar novos divulgadores. "Toda propaganda da empresa é voltada não
para divulgação do produto, mas para atrair novos divulgadores", explicou.
A desembargadora Valdirene Cordeiro justificou a
manutenção do bloqueio ao dar seu voto. "Por tudo que já foi divulgado na
mídia e colocado nos autos há sim confirmação de pirâmide", disse.
Apesar de ter acompanhado o voto dos colegas, a
desembargadora Eva Evangelista demonstrou preocupação com a situação dos
investidores. "Há um sentimento de compaixão com as pessoas que venderam
sua única casa e seu único carro com
a promessa de ganho fácil e deverá ser apurado em ação civil pública, o quanto
investiram para que seja feito o ressarcimento", salienta.
Investigada pelo Ministério Público (MP-AC) por
suspeita de ser um esquema de pirâmidefinanceira,
a Telexfree, nome fantasia da empresa de marketing multinível Ympactus
Comercial Ltda, está proibida, desde o dia 18 de junho, de realizar pagamentos
e o cadastro de novos investidores.
Do G1
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