Os policiais militares de
Brasília que aderiram à "operação tartaruga" resolveram encerrar o
movimento a partir desta segunda-feira. Os PMs acataram a decisão do Tribunal
de Justiça do DF, que considerou a operação ilegal e determinou seu
encerramento, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de
descumprimento.
Segundo o vice-presidente da
Aspra (Associação de Praças e Bombeiros Militares do DF), sargento Manoel
Sansão, os agentes voltarão a atuar nas ruas de Brasília mas em operação
padrão. Segundo ele, isso significa que os PMs atuarão estritamente seguindo as
normas da corporação mas sem prestar serviços extras, como normalmente
acontecia. "Vamos fazer uma abordagem geral em todo o DF contra a
criminalidade. Todo mundo vai ser revistado e a Polícia vai estar nas
ruas", disse.
Apesar de acatar a decisão
judicial, o sargento afirmou que a associação irá recorrer e caso a Justiça
mude seu entendimento e desconsidere a "operação tartaruga" como
ilegal, os PMs que aderiram ao movimento poderão voltar a atrasar os
atendimentos à população e deixar de registrar ocorrências.
"Nós vamos recorrer
porque a nossa luta é legal. O governo precisa dialogar e negociar o reajuste
salarial. Ele precisa cumprir as 13 promessas que fez na campanha, em
2010", disse Sansão. As associações de policiais que apoiam o movimento
foram notificadas oficialmente sobre a decisão na tarde de hoje.
No dia 7 de fevereiro, os
PMs que integram a associação irão se reunir para definir os rumos das
reivindicações. "Vamos encerrar a operação mas não vamos desistir das
nossas reivindicações. Queremos isonomia salarial e não vamos abrir mão
disso", afirmou Sansão.
Na madrugada de sexta-feira
(31), a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Nilsoni de
Freitas Custódio, determinou que os policiais militares suspendessem a
"operação tartaruga", sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso
de descumprimento.
VIOLÊNCIA
No último fim de semana, a capital
do país registrou 12 mortes violentas, sendo que 10 delas aconteceram só no
domingo.
Só em janeiro, foram
registrados 73 homicídios e 5 latrocínios, de acordo com a Secretaria de
Segurança Pública do DF. Os números revelam um aumento de 49% dos casos em
relação ao mesmo período do ano passado.
A média de homicídios aos
fins de semana no mês foi de 3,6 mortes. Mas houve um aumento ao longo do
período. No primeiro fim de semana, foram quatro assassinatos, no segundo,
foram seis, no terceiro, também seis e no último, foram 13.
A negociação com os PMs está
agora a cargo do comandante-geral da corporação, Anderson Carlos de Castro
Moura. O governador Agnelo Queiroz (PT), afirmou na semana passada que não irá
dialogar com policiais que aderiram à operação sem que as atividades voltem ao
normal.
Para Sansão, o governador
está sendo omisso ao não assumir as negociações. "O comandante não tem
competência para negociar reajuste porque ele é subordinado ao governo.
Esperamos que o próprio governador negocie com a gente. Somos funcionários do
Estado", disse.
A categoria reivindica
reajuste de 66,8%, reestruturação de carreira e reposição de perdas. Os PMs do
DF recebem o segundo maior salário para a categoria no país, atrás apenas do
Paraná.
De acordo com dados do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, enquanto no Rio Grande do Sul o salário bruto
de um soldado é de R$ 1.375,71, no Distrito Federal o valor chega a R$
4.122,05, uma diferença de 200%. No Paraná, o salário é de R$ 4.838,98.
É SÓ PRESSÃO PESSOAL,O GOVERNADOR NÃO NEGOCIOU COM A CATEGORIA,A OPERAÇÃO CONTINUA,SAIBIO ATUAÇÃO DO LIDER DA ASSOCIAÇÃO EM DIZER QUE ACABOU POR CONTA DA MULTA DE 100MIL,MAIS O GOVERNADOR FOI SACANA,É SÓ FAZER MACETE E E PRONTO ,NÃO É ELE QUE VAI PARA AS RUAS ARRISCAR A VIDA NÃO,TARTARUGA NELES.
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