O
controlador do grupo J&F Participações, Joesley Batista, que controla o
Friboi, maior frigorífico do mundo, e a ex-presidente do banco Rural, Kátia
Rabello, que cumpre pena de prisão no caso do mensalão, foram indiciados pela
Polícia Federal sob a acusação de fazerem empréstimos cruzados entre
instituições financeiras nas quais têm participação, segundo reportagem de
Andreza Matais no jornal O Estado de S. Paulo. Consideradas ilegais, as
operações envolveram empréstimos de R$ 160 milhões. A pena pelo crime contra o
sistema financeiro pode chegar a seis anos de reclusão, além de multa. Josley
Batista é irmão de Junior Friboi, um dos pré-candidatos do PMDB ao governo de
Goiás e marido de Ticiane Villas Boas, do Jornal da Band.
Segundo
a Polícia Federal, as empresas recorreram à troca de empréstimos numa operação
conhecida como “chumbo cruzado”, muitas vezes usada para simular negócios e
inflar balanços. Em outra investigação, o Banco Central também viu
irregularidades nos empréstimos entre o banco Rural e o banco Original, que
pertence à J&F.
Outras
15 pessoas entre diretores dos bancos Rural e Original supostamente envolvidos
nas operações irregulares e administradores das empresas usadas para a
triangulação também foram indiciados pela PF em 16 de janeiro deste ano. O
inquérito tramitou em Porto Alegre (RS), sede do banco Original, e foi aberto a
pedido do Ministério Público Federal de Minas Gerais, por sua vez acionado pelo
Banco Central. Entre os indiciados pela PF estão três executivos do Rural
que também foram condenados na Ação Penal 470 (mensalão): a própria Kátia
Rabello, com pena de 16 anos e 8 meses, e os ex-diretores Vinícius Samarani e
José Roberto Salgado. Com informações do Diário do Poder.
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