A cubana que abandonou o
programa Mais Médicos, Ramona Rodriguez, foi ouvida nesta segunda-feira (10)
pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre a sua atuação antes de deixar o
município de Pacajá, no Pará. O órgão já apura desde agosto do ano passado a
legalidade da relação de trabalho entre os médicos do programa e o governo.
De
acordo com o procurador do trabalho Sebastião Caixeta, que conduz o caso, o
governo brasileiro descumpriu as regras de relação de trabalho com os
profissionais cubanos. “Mesmo que haja um curso de especialização vinculado,
não descaracteriza relação do trabalho”, justifica. Para o procurador, o
tratamento dado aos estrangeiros fere leis internacionais de recrutamento de
profissionais. Caixeta disse que se surpreendeu com a proibição para que os
médicos não se relacionem com outras pessoas.
Durante o depoimento, Ramona
disse que, para isso, precisava pedir autorização para um supervisor do
programa na cidade. O inquérito que apura as condições de atuação dos inter cambistas deve ser entregue pela procuradoria até o fim do mês. Depois o
MPT entrará em contato com o governo federal para que as irregularidades
encontradas sejam sanadas. Se o governo não atender às recomendações, será
instaurado um processo formal contra a União.
Informações do R7.
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