O deputado
federal Geraldo Simões (PT) responsabilizou hoje o que chamou de
“vacilação” do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela violência
e intranquilidade na região Sul do Estado, onde já foram identificados
seis áreas de conflito com indígenas nas últimas semanas. Geraldo ficou
particularmente revoltado com a morte, esta madrugada, em sua
residência, do presidente do Assentamento Ipiranga, Juraci José dos
Santos Santana.
Ele havia pedido providências às autoridades de
segurança, depois de denunciar que, no grupo de 45 famílias,
patrocinadas pelo Incra, duas pessoas estavam se auto-declarando
indígenas e reivindicando não mais seus lotes, porém todos os seus 47
mil hectares do acampamento. Segundo Geraldo, o ministro José Eduardo
Cardozo havia prometido instalar uma base de segurança no Assentamento,
mas recuou, aprofundando a intranquilidade na região.
O deputado relatou
que na semana passada, num ato de reintegração de posse na região Sul,
determinado pela Justiça Federal, a turma do cacique conhecido como
“Babau” enfrentou, com tiros, a Polícia Federal e homens da Força
Nacional por mais de uma hora. Ao todo, 100 propriedades foram invadidas
na região por auto-declarados índios. “O clima de intranquilidade na
região do Sul da Bahia, com seis pontos de conflitos, eu atribuo à
vacilação do ministro, que não controla a Funai, não toma as decisões
acertadas, preferindo fazer média com entidades internacionais de defesa
do índio”, acusou Geraldo.
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