Após desentendimentos a respeito do apoio do agronegócio a
uma eventual candidatura em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e
a ex-senadora Marina Silva foram a público ontem, durante o chamado “Primeiro
encontro programático entre Rede e PSB”, para dizer que é possível crescer com
sustentabilidade. “Queremos mudar o modelo de desenvolvimento. Dentro dessa ideia de plano de governo, há lugar
para a economia diversificada, para o desenvolvimento rural sustentável, para a
agricultura familiar e para o extrativismo”, afirmou Marina, ao lado de
Eduardo, durante coletiva de imprensa na tarde de ontem, em São Paulo. Cerca de
150 militantes dos dois partidos participaram do evento.
Presidente do PSB, Eduardo deu sinais de que, ao mesmo tempo
em que não quer deixar escapar o apoio de representantes do agronegócio, começa
a incorporar parte do discurso verde de Marina, recém-filiada ao partido. Após
o “encontro programático”, o governador pernambucano afirmou que é preciso produzir mais, entretanto, destacou a necessidade de reforçar o
cuidado com a natureza. “Não temos preconceito contra quem vive e trabalha no
campo, pelo contrário. Vemos a necessidade de aproximação. A FAO (Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) afirma que, até 2020, o Brasil precisa ter um
aumento de produção significativo de alimentos. O agronegócio é responsável por
25% do PIB e do emprego. Há uma expectativa mundo afora sobre o Brasil, mas é
preciso respeitar os valores que o mundo busca (em relação ao crescimento
sustentável)”, ressaltou.
Os últimos embates de Marina com o setor produtivo preocuparam Eduardo Campos. Especialmente depois das discussões entre a correligionária e um dos líderes da bancada ruralista no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), há três semanas. Com o objetivo de manter um canal de diálogo com representantes do agronegócio, Eduardo visitou o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues na sexta-feira. No encontro, Rodrigues teria deixado claro que, como representante dos produtores rurais, o apoio em 2014 dependerá, entre outros fatores, de quem será lançado cabeça de chapa.
Os últimos embates de Marina com o setor produtivo preocuparam Eduardo Campos. Especialmente depois das discussões entre a correligionária e um dos líderes da bancada ruralista no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), há três semanas. Com o objetivo de manter um canal de diálogo com representantes do agronegócio, Eduardo visitou o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues na sexta-feira. No encontro, Rodrigues teria deixado claro que, como representante dos produtores rurais, o apoio em 2014 dependerá, entre outros fatores, de quem será lançado cabeça de chapa.
Do Correio Braziliense
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