Três meses depois dos soldados Paulo César Gomes da Silva e Damião
Pereira de Santana, serem vítimas no dia 21 de outubro do ano passado do
lamentável episódio caracterizado por violência e abuso de poder,
enquanto estavam em serviço na 78ª CIPM/Juazeiro, a 502 Km de Salvador,
o capitão agressor é beneficiado com turma do curso de formação de
policiais na cidade.
Conforme denúncias da Associação dos Praças, Bombeiros e de seus
Familiares do Estado da Bahia (Aspra), o Capitão Josiedson Mendes
Leandro, responsável por uma das cenas mais lamentáveis já ocorridas com
praças da PM ano passado, devidamente registradas e gravadas, é
responsável pela cadeira de Direito Aplicado, lecionado por alunos PMs
de Juazeiro.
“Um absurdo! Está tudo gravado. Apresentamos denúncia e nada ainda foi feito. Ele agrediu fisicamente e moralmente os praças. Até quando vamos testemunhar cenas como estas”,
Reclamou o coordenador-geral da Aspra, soldado Prisco.
Entenda o caso e ouça o áudio
As vítimas foram chamados à sala do
Capitão Josiedson Mendes Leandro para darem recebido em uma escala. Os
PMs estranharam a orientação já que a escala estava fixada no mural.
“Em nenhuma companhia da Bahia, as
escalas são assinadas. Os comandantes fixam as escalas nos murais o que
já é suficiente para comunicar os PMs do dia de serviço”, afirmou o
soldado Prisco.
Quando os PMs se recusaram a dar o
recebido, o capitão partiu para cima do soldado Damião e o agride física
e verbalmente. De acordo com a denúncia do soldado Prisco, Os dois PMs
costumam ser perseguidos pelo major da companhia.
“O soldado César inclusive responde a
um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por ter entrado com mandado
de segurança pedindo que fosse liberado um horário para estudo. Ele
também foi comunicado por pedir folga um dia após de doar sangue, o que é
direito previsto em lei”, reclamou o soldado Prisco, coordenador-geral
da Aspra.
Diretores da regional
Aspra Juazeiro tiveram ciência dos fatos por volta das 11h30, minutos
após as agressões físicas e verbais.
“Eu e os familiares dos PMs fomos impedidos de entrar na unidade. Um capitão pediu que nos informassem que os “presos” estavam incomunicáveis”,
Afirmou um dos diretores da regional de Juazeiro. Os militares continuam presos.
Áudio completo:
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