A
paulistana Daniela Ferraz, criada no complexo de favelas do Capão Redondo, tem
31 anos. Mãe de um filho que mora com o pai, ela cometeu dois assaltos e
cumpriu cinco anos de prisão. “Tinha filho para criar e uma irmã criança para
ajudar a criar. Não tive alternativa, e o desespero me levou a assaltar. Mas
nunca me envolvi com homicídios”, diz. “Quando os corruptos poderosos roubam
milhões, nada acontece. Quando o pobre assalta para comprar comida e fraldas
para o filho, vai preso.” Ainda cumprindo pena em liberdade, Daniela armou-se
de paus e pedras para atacar agências bancárias. Agora, é conhecida como Dani, a
Pantera dos
BLACK BLOCS.
Daniela
foi detida pela primeira vez aos 16 anos. Daquela vez não chegou a ir para uma
instituição socioeducativa. Quando cumpria pena na cadeia, foi esfaqueada por
outra presidiária e diz que ficou com sequelas psicológicas. Com segundo grau
completo, Daniela afirma que é anarquista. Ela atua com a ONG Defensoria
Social, braço visível e oficial que apoia os Black Blocs.
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